Desenvolvimento de Fornecedores

As compras bem sucedidas dependem dos fornecedores e consequentemente do desenvolvimento que o setor de materiais destina para os parceiros. Cabe a compras selecionar, analisar e desenvolver fornecedores e assim manter a continuidade de suprimentos e o sucesso para a organização compradora. BOWERSOX (2006).
Além do desenvolvimento técnico dos parceiros, deve-se ter relações próximas com os fornecedores, trabalhando em conjunto e compartilhando informações, recursos e planejamento dos programas de entrega para atingir os objetivos comuns. BOWERSOX (2006).
Outro aspecto relevante é que a empresa compradora não mantem exclusividade no fornecimento de insumos, serviços e materiais, pois existe uma preocupação constante dos compradores quanto a melhoria constante dos fornecedores. Também a busca por materiais alternativos em visitas, feiras, reuniões e congressos é um fator preponderante para as pessoas que atual na área de suprimentos. DIAS (2003).
Atualmente as empresas modernas mantêm em seus quadros profissionais que estão sempre estudando alternativas de suprimentos e materiais, tornando-se assim especialistas em desenvolvimento de parceiros, exigindo dos mesmos a melhoria constante da qualidade dos produtos fornecidos. DIAS (2003).
Uma das principais missões dos colaboradores que trabalham no desenvolvimento de fornecedores é trazer segurança para a organização compradora, ou seja, desenvolver fontes confiáveis e manter sempre alternativas de suprimentos adequadas as necessidades, logo pode-se estabelecer quatro tópicos principais que são observados como resultado da busca de alternativas. DIAS (2003):

• Maior segurança na sua reposição de materiais;
• Maior poder de negociação para o comprador;
• Enormes possibilidades de redução dos preços;
• Quebra dos monopólios e cartéis.

Durante o desenvolvimento dos fornecedores cabe lembrar que um dos principais atributos é a qualidade, porque sem ela não basta termos o melhor preço, pois o suprimento pode ser afetado por problemas de reprovações de materiais e assim reduzir a rentabilidade e a produtividade de companhia compradora. Existem algumas recomendações que devem ser observadas para os indivíduos que desenvolvem fornecedores de itens estratégicos, tais como:

• Visitar as instalações dos fornecedores;
• Solicitar documentos que comprovem a idoneidade legal e fiscal;
• Avaliar os clientes atuais do fornecedor e solicitar informações para estes;
• Checar a capacidade produtiva dos parceiros;
• Analisar os balanços e as demonstrações contábeis;
• Deve-se exigir os certificados de qualidade e homologações dos supridores.

Nesta linha de pensamento, alguns dos principais pontos no desenvolvimento de fornecedores são a qualificação e localização dos parceiros, porque o ideal é que os fornecedores estejam bem próximos da fonte compradora. JUNIOR (2001).
Também avaliando a visão, de que qualidade e qualificação são estabelecidas pelas organizações compradoras, deve estar claro para os provedores que as necessidades dos clientes tornam-se também as metas das empresas fornecedoras, pois existe uma relação intima entre as mesmas e as origens das metas de qualidade têm fontes múltiplas, mas a principal é a meta exigida pelo cliente final. JURAM (1994).

Produção Puxada e suas Ferramentas

A real demanda dos clientes conduz o processo de manufatura tanto quanto possível puxado, ou seja, a demanda dos clientes é que determina o fluxo das operações da organização fornecedora de serviços ou componentes.
Para termos um fluxo puxado ou lean como é conhecido, necessitamos entender e aplicar as ferramentas abaixo:

Ferramentas e Métodos:

Redução de set-up
Qualidade
Mapeamento do fluxo de valor
TPM
Gerenciamento visual
5S
Manufatura celular
Takt-time
Kanban
Kaizen
Nivelamento produção
Reduzir tamanho dos lotes
Tarefa padronizada
Engenharia simultânea
Poka Yoke

Embalagens

Conceito:
As embalagens relacionam-se com muitas áreas da administração de negócios, principalmente com a característica dos produtos e sua movimentação, política comercial e mercadológica (GURGEL, Floriano; 2000).

Algumas funções da embalagem na logística podem ser:

Tecnológicas: proteção mecânica, física e química;
Mercadológica: exerce função de comunicação;
Econômica: o custo da embalagem deverá ser objeto de atenção.

Just in Time -JIT


JIT – Just in Time
Sistema de produção que produz e entrega apenas o necessário, quando necessário e na quantidade necessária. O JIT e o Jidoka são os dois pilares do Sistema de Produção Toyota. O JIT baseia-se no heijunka, e é formado por três elementos operacionais: o sistema puxado, o tempo takt e o fluxo contínuo.

5Ss
Cinco termos relacionados, começando com a letra S, que descrevem práticas para o ambiente de trabalho, úteis para o gerenciamento visual e para a produção lean.
Os cinco termos em japonês são:
1. Seiri: Separar os itens necessários dos desnecessários, descartando estes últimos.
2. Seiton: Organizar o que sobrou, um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
3.Seiso: impeza.
4. Seiketsu: Padronização resultante do bom desempenho nos três primeiros Ss.
5. Shitsuke: Disciplina para manter em andamento os quatro primeiros Ss.

Manutenção Produtiva Total
Uma série de técnicas empregadas pioneiramente pela Denso (Grupo Toyota) no Japão, para garantir que todas as máquinas do processo de produção estejam sempre aptas a realizar suas tarefas.


Troca de Ferramenta em um Dígito (Single Minute Exchange of Die SMED)
Processo para troca do equipamento de produção de uma peça a outra no menor tempo possível. O SMED se refere à meta de redução dos tempos de troca para um único dígito, ou menos de 10 minutos.

TQC – Total Quality Control (Jidoka)
Fornecer às máquinas e aos operadores a habilidade de detectar quando uma condição anormal ocorreu e interromper imediatamente o trabalho. Isso possibilita que as operações construam a qualidade do produto em cada etapa do processo e separa os homens das máquinas para um trabalho mais eficiente. O Jidoka é um dos dois pilares do Sistema de Produção Toyota, junto com o Just-in-Time.

Kaizen
Melhoria contínua de um fluxo completo de valor ou de um processo individual, a fim de se agregar mais valor com menos desperdício. Há dois níveis de kaizen (Rother e Shook 1999):
1.Kaizen de sistema ou de fluxo, que enfoca no fluxo total de valor. Dirigido ao gerenciamento.
2.Kaizen de processo, que enfoca em processos individuais. Dirigido as equipes de trabalho e líderes de equipe.

Kanban
O kanban é um dispositivo sinalizador que autoriza e dá instruções para a produção ou para a retirada de itens em um sistema puxado. O termo significa "sinal" em japonês.


Fonte dos conceitos: Lean Institute do Brasil.

Gestão de estoques

A gestão deve definir a política de estoques de acordo com a demanda dependente ou independente.
Por que ter inventários?
Partes compradas
• Atrasos de fornecedores
• Descontos por quantidade
• Variações de preços
• Escassez de materiais

Partes manufaturadas
• Cobertura para períodos entre execução de produção
• Permitir flexibilidade na programação da produção
• Variações na demanda do produto
• Economia de escala

Objetivos da gestão
• Capital-de-giro
• Controlar os custos extras
• Avaliar sucata e retrabalhos
• Nível máximo de inventário de atendimento ao cliente
• Estoques de segurança
• Análise para reposições de estoques