Muito Obrigado!

Pessoal,


Gostaria de agradecer a todos que me acompanham em meu blog, onde faço publicações e coloco minha linha de pensamento desde 2006.

Chegar a 500.000 visualizações é um fato relevante em minha vida profissional, por isto, sou muito grato e estou feliz por quebrar esta marca!

Basicamente, tenho publicado pesquisas e experimentações práticas que aplico diariamente em meu trabalho, pois isto me ajuda a pensar e relatar aos colegas os erros e acertos que passei e talvez poderão servir de apoio aos profissionais que navegam no mesmo mar que estou.

Outro fato que cabe salientar é que as postagens são em sua maioria voltadas a gestão de operações, supply chain, sistema Toyota e ferramentas de aplicação técnica na indústria.

Um grande abraço a todos,



MPEM é uma ferramenta apenas teórica?

MPEM – Esta é uma ferramenta apenas teórica?
A MPEM pode ser aplicada de forma prática?

Tenho atuado há anos no mercado com o foco principal em Supply Chain e aplico a metodologia da MPEM em todas as empresas que atuo. Nesta andanças, congressos, workshops e conversas com colegas do setor, existe uma preocupação clara e que também já me afligiu, ou seja, a MPEM é apenas um modelo teórico?

Como fazer para transpor esta barreira teórica e partir para a prática alcançando e mostrando os resultados?

Primeiramente, faz-se necessário falar brevemente o que é essa tal MPEM – Matriz de Posicionamento Estratégico de Materiais e aprofundar comparando com a famosa curva ABC.

A MPEM trata-se de uma ferramenta criada na década de 80 pelo estudioso Kraljic, que pode ser aplicada em vários segmentos industriais e que utilizam muitos insumos comprados onde o valor de compras tem um impacto considerável na organização. Em alguns casos o percentual de materiais comprados nas empresas pode superar 50% do total do custo e em algumas montadoras de veículos pode chegar ou ultrapassar os 80%.
Dito isto, entrando diretamente no conceito da matriz MPEM, temos 2 eixos base, onde X representa o impacto na escala do risco de suprimentos que a companhia está exposta. Quanto mais para a direita estiver o insumo, maior é a exposição ao risco de suprimento. Já no eixo Y, o driver foca na influência nos resultados financeiros e custos, impactando diretamente na lucratividade da empresa, ou seja, quanto mais acima estiver localizado um material, maior será a influência sobre a lucratividade e resultado da organização.
A diferença crucial entre a Curva ABC e a MPEM é que a ABC não leva em consideração os riscos de suprimentos, apoiando-se somente em valores gastos, ou valores projetados.




Agora que descrevi brevemente o conceito da MPEM, fica a pergunta:

Como passar da teoria para a prática com a MPEM?

Primeiramente, na construção da MPEM o ideal é envolvermos toda a equipe do Supply Chain, quando digo Supply Chain, fica explicido que estou falando de Logística, Compras, Comex, Almoxarifados, PCP, PCM, Produção, Engenharia, entre outros que você lembra e gostaria de envolver, pois o segredo na aplicação desta ferramenta é não ficar somente na mão da área de Compras, por exemplo. Neste momento de construção da MPEM, com uma equipe multidisciplinar trabalhando já temos um resultado prático, porque são várias dimensões da gestão da organização envolvida neste desafio e aprendendo juntos. Abaixo cito 3 exemplos de aplicação prática e com resultados importantes, sendo:

A)     Além da construção da MPEM em equipe, a mesma pode ser utilizada para desenvolver a política de materiais com uma lógica, onde o material estratégico dever ser programado, estocado e comprado de forma diferente dos materiais não críticos, dos componentes de risco e dos competitivos, devido ao seu alto valor monetário e seu importante impacto no risco de suprimento.
B)      Outra oportunidade com o uso da MPEM é termos uma política diferenciada de compra de acordo com o quadrante que cada material está alocado e pode-se aproveitar para estabelecer o perfil de cada profissional que atuará de acordo com os quadrantes dos materiais.
C)      Com a MPEM em mãos pode-se definir um plano de ações para cada commodity adequado a localização do material dentro da matriz, por exemplo: nos materiais estratégicos colocarmos mais fornecedores concorrentes entre si e já no quadrante dos materiais não críticos, pode-se consolidar em poucos fornecedores.

Concluindo, a ferramenta quando construída está em nível teórico e é uma fotografia do momento e onde cada material usado na organização se encontra quanto a gestão do mesmo, a partir daí fica por você fazer políticas de materiais, políticas de programação de suprimentos e de negociação para cada insumo de acordo com o quadrante que o mesmo está.
Vamos lá, mãos a obra e boa sorte!








PDF - Programa de Desenvolvimento de Fornecedores e seus atores

O Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) é uma excelente ferramenta para apoiar o crescimento econômico das organizações, desenvolver cadeias de suprimentos e incentivar a inovação das médias  e pequenas empresas, e é lá onde existe a falta de acesso aos recursos financeiros e físicos. 
Outro aspecto relevante é que o PDF permite o aculturamento dos gestores das MPES em ferramentas de gestão que parecem distantes e somente usadas por grandes corporações. Um exemplo disto é o Planejamento Estratégico, vastamente esquecido pelas pequenas empresas, pois não veem a necessidade do mesmo, mas quando aplicamos um programa de desenvolvimento, o planejamento estratégico é abordado pelos consultores e pelas instituições de apoio as pequenas empresas, abrindo assim a oportunidade de aprendizado e desenvolvimento da visão estratégica.
Quando vamos implementar um Programa de Desenvolvimento de Fornecedores existem alguns atores que participam do projeto e podem ser divididos em:

- Fornecedores;

- Ancoras ou Patrocinadores;
- Consultores;
- Instituições de fomento;
- Governos locais, entre outros.

Os fornecedores são os principais envolvidos no programa, porque a eles cabe o aprendizado aplicação de novos conhecimentos para melhorar a performance da cadeia de suprimentos e também para aumentar a produtividade, produção e consequentemente auferir maiores margens de lucro.

Já as ancoras ou patrocinadores são as empresas que necessitam dos serviços dos fornecedores, portanto ganham no fortalecimento desta cadeia e como resultados obtêm um melhor nível de serviço e até reduções de custos nos preços dos insumos comprados. Além disto, em muitos casos as empresas ancoras colocam recursos financeiros ou horas de seu pessoal para apoiar o programa.
Os consultores podem ser pessoas físicas ou empresas com conhecimentos nas áreas de administração de empresas, processos produtivos ou foco técnico, os mesmos ajudam os fornecedores a colocar em prática as novas ferramentas e conhecimentos.
As instituições de fomento, podem ser organizações que possuem programas de desenvolvimento estabelecidos e conhecimento do meio empresarial, como exemplo cito o SEBRAE e algumas universidades.
Já os governos entram principalmente no que tange no desenvolvimento regional e oportunizam a criação de clusters com empresas em determinados locais que criam sinergias entre si, atraindo mão de obra especializada de acordo com a vocação da região.